Inclusão de Alunos Surdos



INCLUSÃO DE ALUNOS SURDOS NA ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO OZIEL ALVES PEREIRA
Os desafios da educação inclusiva
*Raquel da Luz Araujo de Souza


RESUMO

Este artigo teve por objetivo fazer uma discussão e investigar a inclusão de alunos com deficiência em especifico a auditiva na Escola Municipal de Ensino Fundamental e Médio Oziel Alves Pereira. Focalizamos nossa discussão nas práticas de ensino adotadas pelos profissionais da educação, uma vez que educar é mais que o ato de transferir informações é também dar ao educando a possibilidade de conviver em igualdade levando em conta as limitações que cada educando apresenta. Este artigo tomou como objeto de preocupação a realidade enfrentada pelos professores em sala de aula uma vez que essa realidade é muito importante para as pesquisas sobre a educação inclusiva em especifico dos alunos com deficiência auditiva sendo ela: leve, moderada, profunda ou severa. A inclusão do aluno com deficiência auditiva só acontecerá de fato e obterá frutos se o mesmo for respeitado em suas diferenças e potencialidades, para que isso ocorra esse aluno com deficiência como qualquer outro requer atenção as suas necessidades educacionais.

Abstract
This article aims at discussing and investigating the inclusion of students with disability in specific hearing in municipal elementary school and middle oziel alves pereira. focus our discurssão in educational practices adopted by the teachers since education is more than the act of transferring information is also give the student the possibility to live in equality taking into account the limitations that each student has.This article took as a matter of concern the reality faced by teachers in the classroom as this reality is very important for research on inclusive education in specific students with hearing loss it is mild, moderate, severe or profound. The inclusion of students with hearing loss will only happen in fact and get fruit if it is respected in their differences and potentialities, for this to occur that student with disabilities like any other requires attention to their educational needs.

Palavras-chaves: Inclusão Escolar;  Educação de Surdos;  Qualificação do educador inclusivo; Comprometimento do governo com a educação inclusiva.


1. INTRODUÇÃO


 
Este é o artigo de conclusão da Pós-Graduação em Libras (Língua Brasileira de Sinais), traz o resultado da pesquisa de campo e de estudos teóricos realizados para compreender a inclusão de alunos deficientes em especial os alunos surdos na Escola Municipal de Ensino Fundamental e Médio Oziel Alves Pereira e os desafios da educação inclusiva, localizada no Distrito 17 de Abril, Município de Eldorado do Carajás – Pará.
Focalizamos nossa discussão nas práticas de ensino adotadas pelos profissionais da educação, uma vez que educar é mais que o ato de transferir informações é também dar ao educando a possibilidade de conviver em igualdade levando em conta as limitações que cada educando apresenta. Este artigo tomou como objeto de preocupação a realidade enfrentada pelos professores em sala de aula uma vez que essa realidade é muito importante para as pesquisas sobre a educação inclusiva em especifico dos alunos com deficiência auditiva sendo ela: leve, moderada, profunda ou severa. A inclusão do aluno com deficiência auditiva só acontecerá de fato e obterá efeitos se o mesmo for respeitado em suas diferenças e potencialidades, para que isso ocorra esse aluno com deficiência como qualquer outro requer atenção as suas necessidades educacionais.
Portanto, resolvi realizar um trabalho voltado para a realidade da comunidade, com interesse de registrar o atendimento ao aluno com deficiência, destacando as dificuldades enfrentadas, os desafios e as conquistas adquiridas ao longo desse percurso para melhorar a vida educacional dos alunos com deficiência, um desses desafios é conseguir profissionais formados na área para fazer um Atendimento Educacional Especializado.

Na escola comum, é ideal que haja professores que realizem esse atendimento, sendo que os mesmos precisam ser formados para ser professor e ter pleno domínio da Língua de Sinais. O professor em Língua de Sinais, ministra aula utilizando a Língua de Sinais nas diferentes modalidades, etapas e níveis de ensino como meio de comunicação e interlocução.

“Atendimento Educacional Especializado”, DAMÁZIO, 2007, P.26.



A Escola Oziel Alves Pereira foi escolhida para minha pesquisa pela presença de alunos com deficiência em especial a auditiva, busquei também esse ambiente escolar como forma de aprimorar o conhecimento adquirido durante o curso de libras.
Outro objetivo da pesquisa é de ajudar na ampliação das discussões do processo de inclusão dos deficientes nos sistemas de ensino regular, na Escola Oziel, identificar as limitações e as potencialidades que a escola tem e também para contribuir na organização do processo de inclusão e no fortalecimento da participação de todos para que os desafios encontrados sejam superados pelos professores, gestores, pais e educandos.
A metodologia para a realização do trabalho se deu através de pesquisa de campo que aconteceu num período de um mês. Para fazer a pesquisa de Campo realizei entrevistas com professores, pais de alunos, coordenadores e diretor escolar, utilizei o gravador para colher as informações.
Na escola, acompanhei algumas aulas nas turmas nas quais tem alunos com deficiência auditiva e observei como os professores se comportam diante dos alunos ouvintes e dos alunos não ouvintes.
Nesse contexto optei, então, por observar e analisar tudo sobre a acessibilidade educacional dos alunos surdos na sala regular de ensino, na escola municipal de ensino fundamental e médio Oziel Alves Pereira tendo como prioridade a realidade atual da educação inclusiva.
Outro fato observado é que o aluno surdo realiza a matricula na escola, porém, o mesmo tem poucas chances de aprender, com essa triste realidade faz-se necessário pesquisar se as práticas pedagógicas dos docentes estão visando à inclusão do aluno com surdez na escola analisada.
Diante da pesquisa surgiram alguns questionamentos tais como: Seria a falta de formação direcionada a educação inclusiva um empecilho para a aprendizagem do aluno com surdez no contexto escolar?
Qual a importância do apoio do governo para que a educação inclusiva realmente possa se concretizar?
Qual a importância da participação dos pais como parceiros do processo de ensino – aprendizagem?
Quantos e quais são os maiores desafios a serem superados pela escola para o atendimento educacional do aluno surdo?
Esses foram alguns dos questionamentos levantados que impulsionaram a realização deste artigo que teve como propósito observar não apenas o acesso e acessibilidade dos alunos surdos na sala regular de ensino, mas também em  que  condições  os  professores trabalham  para  atender  as  necessidades  educacionais  dos  alunos  surdos,  de  quais  recursos dispõem, bem como, a disponibilidade de uma equipe de apoio especializada para subsidiar a sua prática docente, a participação de formações exclusivas para trabalhar com alunos com necessidades educacionais especiais entre outros.

1.1 Fundamentação Teórica

                      Para iniciarmos a nossa busca por base teórica para dar suporte aos temas propostos neste artigo buscamos informações em pesquisas já realizadas para uma melhor compreensão da temática. Sendo assim, os tópicos foram divididos em: (1.2) Educação Escolar Inclusiva; (1.3) Formação de Professores para o atendimento de alunos com Necessidades Educacionais Especiais; (1.4) a importância do apoio do governo para que a educação inclusiva realmente possa se concretizar; (1.5) importância da participação dos pais como parceiros do processo de ensino – aprendizagem; (1.6) Quais os maiores desafios a serem superados pela escola para o atendimento educacional das Pessoas com Surdez; (1.7) Inclusão Escolar sob a óptica do gestor escolar, coordenadores, professores e familiares de alunos com deficiência.

1.2 Educação Escolar Inclusiva

A educação escolar inclusiva vem a cada dia conquistando um maior espaço no cenário educacional Brasileiro, logo por que o ensino não se restringe apenas aos alunos ditos normais e sim a todos, não importa qual deficiência o acompanhe.
A educação inclusiva nas escolas é uma realidade comum e desafiadora, pois sabemos que não é fácil para o corpo escolar trabalhar com esses educandos sem uma formação específica.
Neste sentido, Mantoan e Prieto (2006), afirma:

Nosso sistema educacional, diante da democratização do ensino, tem vivido muitas dificuldades para equacionar uma relação complexa, que é a de garantir escola para todos, mas de qualidade. É inegável que a inclusão coloca ainda mais lenha na fogueira e que o problema escolar brasileiro é dos mais difíceis, diante do número de alunos que temos de atender, entre outros fatores.
A verdade é que o ensino escolar brasileiro continua aberto a poucos, e essa situação se acentua drasticamente no caso dos alunos com deficiência. O fato é recorrente em qualquer ponto do nosso território, na maior parte de nossas escolas, públicas ou particulares, e em todos os níveis de ensino, mas sobretudo nas etapas do ensino básico: educação infantil, ensino fundamental e ensino médio. (MANTOAN; PRIETO, 2006, p. 23).

Entende-se que nosso sistema educacional tem vivido tempos difíceis com relação ao atendimento educacional especializado, ocasionando assim a preocupação com relação a qualidade do ensino educacional direcionada aos alunos com deficiência.
Neste sentido Damázio (2007) citado por Mantoan e Prieto (2006), a inclusão do aluno com surdez deve ocorrer desde a educação infantil até a educação superior, assim sendo, desde o principio o aluno poderá utilizar os recursos necessários para superar os obstáculos no processo educacional e usufruir seus direitos escolares, exercendo assim sua cidadania, de acordo com os princípios constitucionais do nosso país.
Para Mantoan e Prieto (2006), precisamos nos unir para enfrentar esse desafio que é de todos tanto professores, gestor, pais e toda comunidade que é procurar da melhor maneira possível oferecer um ensino de qualidade para os alunos com necessidades especiais.

Precisamos de apoio e de parcerias para enfrentar essa tarefa de todos que é o ensino de qualidade. Temos sofrido muita oposição e resistência dos que deveriam estar nos apoiando. Falta vontade de mudar.
Na verdade, resiste-se à inclusão escolar porque ela nos faz lembrar que temos uma dívida a saldar em relação aos alunos que excluímos pelos motivos mais banais e inconsistentes, apoiados por uma organização pedagógico-escolar que se destina a alunos ideais, padronizados por uma concepção de normalidade e de eficiência arbitrariamente definida.
Sabemos que alunos com e sem deficiência, que foram e são ainda excluídos das escolas comuns, devem estar inseridos nessas escolas, e há muito tempo, ou seja, desde que o ensino fundamental é obrigatório para os alunos em geral. Se os pais, professores, dirigentes educacionais não tinham conhecimento do direito de todos à educação comum, há hoje documentos e uma ação corajosa do movimento escolar inclusivo que estão cumprindo o seu dever de alertar os educadores e os pais nesse sentido. (MANTOAN; PRIETO, 2006, p. 25).
                                                                                             
                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                             
1.3 Formação de Professores para o atendimento de alunos com Necessidades Educacionais Especiais

A formação docente regulamentada pela Lei de Diretrizes e Bases  da  Educação Nacional  (9934/96,  art.  59.  III)  prevê  em  seu  dispositivo  atuação  de  professores  com especialização  em  nível  médio  ou  superior,  para  o  atendimento  educacional  especializado, bem  como  professores  do  ensino  regular  capacitados para  atuarem  com  alunos  especiais  na classe comum (LDB, 1996).
Porém, sabe-se que a educação inclusiva nas escolas requer apoio e atenção especial e quando se trata de educar alunos com necessidades especiais os professores devem ter uma formação especifica e essa formação torna-se mais necessária quando deparamos com diversas deficiências em uma mesma sala de aula.
Na LDB 96 são previstos “professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns” (art.58, III).
Atualmente nas formações muito se fala em como trabalhar com esse público, mas sabemos que o investimento e formas de capacitação desses professores não condizem com a realidade enfrentada pelos mesmos.
Conforme o estudo realizado por Mantoan e Prieto (2006, p. 57-58) considera que:

A formação continuada do professor deve ser um compromisso dos sistemas de ensino comprometidos com a qualidade do ensino que, nessa perspectiva, devem assegurar que sejam aptos a elaborar e a implantar novas propostas e práticas de ensino para responder às características de seus alunos, incluindo aquelas evidenciadas pelos alunos com necessidades educacionais especiais.
Assim, os professores devem ser capazes de analisar os domínios de conhecimento atuais dos alunos, as diferentes necessidades demandadas nos seus processos de aprendizagem, bem como, criar ou adaptar materiais, além de prever formas de avaliar os alunos para que as informações sirvam para retroalimentar seu planejamento e aprimorar o atendimento aos alunos.


Com o intuito de preparar o professor para o ensino com alunos especiais, a exemplo dos surdos cabe ao sistema de ensino promover cursos de formação continuada para o seu corpo docente assegurando-lhes aptidões  e  inovações  nas  suas  práticas  pedagógicas  de  forma  a atender as necessidades educacionais dos alunos surdos (PRIETO, 2006).
   
1.4 A importância do apoio do governo para que a educação inclusiva realmente possa se concretizar

A Inclusão de alunos surdos é uma inovação que exige da escola novos posicionamentos, implicando na necessidade de aperfeiçoamento dos professores, pedagogos e funcionários, através de cursos na área da surdez, cursos estes que devem ser oferecidos pelo governo através do MEC, para que os mesmos possam atender aos alunos surdos de modo a proporcioná-los possibilidades de conseguir progressos significativos em sua aprendizagem. No entanto de acordo com os cidadãos que foram entrevistados a contribuição por parte do governo ainda tem sido muito pouco, a educação inclusiva necessita de apoio com relação à formação de profissionais capacitados para trabalhar com os alunos deficientes, materiais didáticos específicos para a educação especial e principalmente as escolas públicas precisam urgentemente de salas multifuncionais/sala de recurso e todo suporte necessário para um atendimento de qualidade. Para Glat e Nogueira,

As políticas públicas para a inclusão devem ser concretizadas na forma de programas de capacitação e acompanhamento contínuo, que orientem o trabalho docente na perspectiva da diminuição gradativa da exclusão escolar, o que visa a beneficiar não apenas os alunos com necessidades especiais, mas, de uma forma geral, a educação escolar como um todo. (2002, p, 27)                      

          As formações para a comunidade escolar deve garantir o desenvolvimento de competências para:
I – Garanti a valorização da educação inclusiva
II- Respeitar suas necessidades e dificuldades, valorizando a forma de pensar e agir do aluno com deficiência
III- Modificar o método de ensino sempre que necessário
IV – Desenvolver a aprendizagem do aluno observando sempre seu progresso
          O trabalho desenvolvido pelos profissionais da educação é um trabalho que deve esta em constante construção, pois, a todo instante novas ideias e desafios são colocados para os mesmos superarem, assim sendo, temos que acompanhar as ações desenvolvidas pelo poder público em educação, cobrar das entidades responsáveis as ações que são de prioridade para o atendimento dos alunos com deficiência, cobrar as promessas feitas/os compromissos firmados pelos governantes em suas campanhas eleitorais e em seus planos de governo, todo esse esforço tem que ser feito para que possamos avançar na construção de uma sociedade justa.

1.5 Importância da participação dos pais como parceiros do processo de ensino – aprendizagem

A participação da família no âmbito escolar é de suma importância para que o processo de ensino aprendizagem se desenvolva com mais rapidez, essa participação contribui para a interação, melhora a comunicação e a aprendizagem escolar do aluno, a participação da família agrega ainda mais valor ao aprendizado do mesmo, visto que é no ambiente familiar que a pessoa com surdez desenvolve as diferentes formas de comunicação.
A família é o alicerce na luta para edificar uma sociedade inclusiva e essa inclusão é um processo que ocorre em passos lentos, ou seja, é um processo que começa na família e se constitui como um dos maiores desafios da educação na atualidade.
      Entende-se que professores, dirigentes, alunos e pais fazem parte do processo organizativo do ensino e os aspectos emocionais e afetivos fazem parte das condições de trabalho do docente, melhorando a qualidade do ensino aprendizagem em sala de aula.
As decisões tomadas em conjunto significam atitudes positivas para o processo ensino aprendizagem do aluno surdo, a família é a primeira instituição social pela qual a criança ou adolescente desenvolve as mais diversas formas de comunicação.
      Assim a instituição de ensino deve tomar como critério conhecer seu alunado, buscando informações sobre sua história de vida para que juntamente com os pais a escola possa traçar estratégias e métodos de ensino, observando sempre a melhor forma de ensino que se aplique as necessidades educacionais da criança ou adolescentes deficientes auditivos, buscando orientação e apoio de serviços especializados sempre com o intuito de melhorar a vida e o processo de ensino-apredizagem.


1.6 Maiores desafios a serem superados pela escola para o atendimento educacional da pessoa com surdez. 

Os desafios a serem superados são vários, mas podemos destacar os mais relevantes, que são;
*Falta de estrutura física:
A escola pesquisada não tem a estrutura adequada para atender todas as necessidades educacionais dos alunos com deficiência, pois a mesma não foi projetada para a educação especial mas vale ressaltar que foram feitas algumas adaptações para melhorar o acesso dos alunos com deficiência.
*Falta de recursos tecnológicos:
A falta de recursos tecnológicos prejudica e muito a qualidade do ensino para alunos com deficiência tendo em vista que são esses recursos que ajudam no aprendizado no caso dos alunos surdos os recursos visuais são fundamentais.
*Ausência de profissionais capacitados
No Brasil temos um número considerável de pessoas deficientes, no entanto, os profissionais interessados em se capacitar para trabalhar no Atendimento Educacional Especializado é uma minoria.   

1.7  Inclusão Escolar sob a ótica do gestor escolar, coordenadores, professores e familiares de alunos com deficiência 

                      Nessa pesquisa tomei como objeto de preocupação o estudo do tipo de atendimento que é oferecido ao (a) aluno (a) com deficiência, podemos perceber no decorrer das entrevistas que é necessário um olhar mais amplo sobre o atendimento oferecido ao aluno com deficiência, ao entrevistar os coordenadores percebe-se que a falta de assistência por parte do governo é visível, os coordenadores relatam que não tem suporte, não tem material de apoio para repassar aos professores para que possam trabalhar em sala de aula com os alunos que necessitam de um atendimento educacional especial, os mesmos comentam que precisam de capacitação para orientar de maneira adequada os professores.
                      Na entrevista com os pais e familiares procurei observar as falas dos mesmos com relação ao que pensam sobre o atendimento da Escola Oziel Alves Pereira, para com os alunos com necessidades educacionais especiais, os pais relatam que falta profissionais formados ou até mesmo formação especifica para os profissionais da educação trabalharem com os alunos que necessitam de um atendimento educacional especializado.
                      Durante a entrevista com o diretor da escola busquei observar como é conduzido o trabalho do mesmo com relação aos alunos com deficiência, ao entrevista-lo o mesmo deixa claro em suas palavras que a escola esta fazendo o melhor que pode, que a mesma foi contemplada com a acessibilidade que é um programa do governo que veio para melhorar a escola e torná-la mais acessível, o mesmo relata que foram feitas varias modificações na estrutura da escola a partir do momento que o mesmo assumiu no começo de 2013, com o recurso da acessibilidade de 2013, foram comprados dois (02), bebedouros acessíveis, uma cadeira de rodas, foram feitas rampas de acesso e os banheiros estão adaptados para cadeirantes.

Considerações Finais

Realizei este trabalho com a perspectiva e o propósito de apresentar da melhor maneira possível como é feito o atendimento aos alunos com deficiência, procurei observar se as práticas de ensino inclusivo têm sido bem sucedidas, as mesmas foram contadas através de entrevistas com registro em áudio das respostas dos entrevistados. Com isso, preparei um artigo que ficará como registro para a população local, mas também, como instrumento de estudo para alunos que queiram saber sobre o assunto.
É importante destacar pontos importantes que resumam o conteúdo abordado sem que diminua sua importância, fazer esse trabalho foi, sobretudo, um desafio grande tendo em vista que estamos pesquisando uma realidade que deveria ser melhor assistida. O Governo tem que participar mais ativamente da vida de todos os alunos que precisam de uma atenção diferenciada, implantar projetos, capacitar os professores para atender de maneira adequada a demanda de alunos com deficiência.

O atendimento educacional especializado deve estar disponível em todos os níveis de ensino escolar, de preferência nas escolas comuns da rede regular. Este é o ambiente escolar mais adequado para se garantir o relacionamento dos alunos com seus pares de mesma idade cronológica e para a estimulação de todo o tipo de interação que possa beneficiar seu desenvolvimento cognitivo, motor, afetivo.
Esse atendimento funciona em moldes similares a outros cursos que complementam os conhecimentos adquiridos nos níveis de Ensino Básico e Superior, como é o caso dos cursos de línguas, artes, informática e outros. Portanto, esse atendimento não substitui a escola comum para pessoas em idade de acesso obrigatório ao Ensino Fundamental (dos sete aos 14 anos) e será preferencialmente oferecido nas escolas comuns da rede regular. Diferente de outros cursos livres, o atendimento educacional especializado é tão importante que é garantido pela Constituição Federal.

“O Acesso de alunos com deficiência às escolas e classes comuns da rede regular”, Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, Brasília, setembro de 2004, P. 8.

Assim, chego até aqui com a certeza de que tive um grande desafio, melhorei a minha bagagem de conhecimentos e, sobretudo, ouvi muitos relatos de experiências de vida no exercício do ensino escolar. Sem dúvidas, o grande desafio para mim foi desenvolver um artigo de tamanha importância no ambiente escolar. Outro ponto que considero de relevância para a construção do trabalho é saber que o conhecimento é construído a cada instante e que todos os dias aprendemos uma coisa nova.
Ciente de que um primeiro passo foi dado na construção de um trabalho que venha contribuir para melhorar o acesso dos alunos com deficiência ao ambiente escolar.
Os conhecimentos adquiridos ao longo dessa pesquisa é para mim o alicerce na construção de uma educação inclusiva com fundamentos em uma sociedade que pode formar valores a respeito da inclusão escolar passando a reconhecer e valorizar as diferenças no âmbito escolar.

*Graduada em Jornalismo pelaUFC; Graduada em Letras pela Fapec; Pós Graduada em Metodologia do Ensino da Língua Portuguesa pela Facibra; Pós graduada em Língua Brasileira de Sinais pela Facibra.
 
Referências Bibliográficas

MANTOAN, Maria Teresa Eglér; PRIETO, Rosângela Gavioli;  ARANTES, Valéria Amorim.
Inclusão Escolar: pontos e contrapontos. São Paulo: Summus, 2006.
DAMÁZIO,  Mirlene  Ferreira  Macedo.  Formação  Continuada  a  Distância  de  Professores
para o Atendimento Educacional Especializado:  pessoa com surdez/ SEESP/SEED/MEC 
Brasília/DF – 2007.
Biblioteca  Digital  da  Câmara  dos  Deputados.  Lei  de  Diretrizes  e  Bases  da
Educação  Nacional  LDB  n.º  9.394,  de  20  de  dezembro  de  1996.    ed.  Disponível  em:
<http://bd.camara.gov.br>. Acesso em 01.dez. 2011
DAMÁZIO, Mirlene Ferreira Macedo. “Atendimento Educacional Especializado”. Pessoa com Surdez. SEESP/SEED/MEC, Brasília/DF – 2007, P.
“O Acesso de alunos com deficiência às escolas e classes comuns da rede regular”, Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, Brasília, setembro de 2004, P. 8.
 GLAT, ROSANA E NOGUEIRA, MÁRIO LÚCIO DE LIMA. “Políticas educacionais e a formação de professores para a educação inclusiva no Brasil”. In: Revista Integração. Brasília: Ministério da Educação/Secretaria de Educação Especial, ano 14, nº 24, 2002.


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

AVALIAÇÃO DE LINGUA PORTUGUESA 2º ANO ENSINO FUNDAMENTAL I BIMESTRE

ENSINAR A GRAMÁTICA (MORFOLOGIA), A PARTIR DE TEXTOS POÉTICOS

ATO DE CRIAÇÃO DA ESCOLA